O que é emergência/urgência psiquiátrica?
Considera-se emergência psiquiátrica quaisquer distúrbios que sinalizam alterações nos pensamentos, nos sentimentos, nas ações ou nos comportamentos de alguém. Sinteticamente, são condições clínicas que exigem a necessidade de atendimento rápido mediante o risco significativo para a pessoa em questão ou para aqueles do seu convívio familiar ou social.
Devido à relação intrínseca entre os desajustes psíquicos e as relações sociais, essas situações exigem uma intervenção médica imediata. Essa é a maneira mais segura de evitar a evolução desses transtornos para condições de risco à vida.
As urgências psiquiátricas exigem intervenções no curto prazo, e geralmente têm bom prognóstico e implica riscos menores.
Entre os resultados negativos mais evidentes, o sofrimento psíquico, a perda da autonomia e o comprometimento da função social adquirem mais relevância.Há também risco iminente de afetar a integridade física, não só do paciente, mas de familiares e outras pessoas.
Emergências mais comuns:
- Atos de violência que envolvem agressividade verbal e física,
- Ideações suicidas,
- Tentativas de suicídio,
- Crises depressivas,
- Alucinação,
- Excitação maníaca,
- Automutilação,
- Autonegligência,
- Juízo crítico prejudicado,
- Surtos psicóticos agudos.
Urgências mais comuns:
- Comportamentos bizarros,
- Quadros agudos de ansiedade,
- Surto emocional,
- Choque psicológico,
- Fobias
- e Síndromes convulsivas.
Estratégia geral para avaliação do paciente nas emergências psiquiátricas
- Autoproteção: Estar atento para riscos de violência iminente; prestar atenção à segurança do ambiente físico (acesso a porta e objetos no recinto); dispor outras pessoas nas imediações; desenvolver uma aliança com o paciente.
- Prevenção de danos: Prevenir auto ferimento e suicídio; prevenir violência contra terceiros;
- Descartar a possibilidade de psicose iminente.
A avaliação psiquiátrica de emergência consiste em: entrevista, exame físico, exame do estado mental, exames laboratoriais e radiológicos, se necessário, e exame do suporte familiar.
Outras emergências psiquiátricas
- Transtorno de pânico;
- Transtornos psiquiátricos relacionado com o uso de substâncias psicoativas;
- Alcoolismo;
- Transtorno bipolar do humor;
- Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos;
- Fobia específica;
- Transtornos de personalidade.
Qual é a importância do hospital no atendimento à emergência psiquiátrica?
Nos casos mais graves e que envolvem a piora dos sintomas, risco evidente de agressão e de evolução para suicídio, a orientação é que aconteça a internação. Além de uma medida que objetiva a proteção da integridade do paciente e das pessoas do seu convívio, em um hospital há mais chances de realizar os exames necessários para um diagnóstico mais apurado e tratamento em ambiente seguro e adequado para a recuperação clínica do paciente.
Quais são os casos que indicam a necessidade de internação hospitalar?
Apesar de a gravidade de cada situação ser influenciada por diversos fatores, listamos as condições que se configuram como emergência psiquiátrica e que exigem intervenção continuada:
- Risco de evolução para suicídio;
- Autonegligência grave;
- Risco evidente de agressão;
- Risco de homicídio;
- Aumento da gravidade dos sintomas;
- Indivíduo sozinho e sem suporte familiar;
- Doença de difícil controle em consultório;
- Falta de preocupação com a integridade física.
Objetivos da primeira avaliação em emergências psiquiátricas
- Estabilização do quadro: identificar um sintoma alvo no paciente a ser abordado e controlado;
- Hipótese diagnóstica: detectar, mesmo que provisoriamente, uma possível causa para a situação de emergência que o paciente se encontra;
- Excluir causas orgânicas, como encefalopatia, trauma cranioencefálico, distúrbio metabólico e doenças da tireoide;
- Encaminhamento: após estabilização do quadro e controle de riscos, o médico deverá encaminhar adequadamente o paciente para internação hospitalar, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), ambulatório, entre outros.
Contato pelo WhatsApp